segunda-feira, 18 de junho de 2012

Informações importantes para quem já fez ou vai fazer a cirurgia bariátrica


Ganho de peso após cirurgia bariátrica

Ganho de peso após cirurgia bariátrica
cirurgia bariátrica  (também conhecida como cirurgia de redução do estômago) costuma cursar com importantes resultados na perda de peso e na qualidade de vida dos pacientes. No entanto, muitos pacientes estranham quando são alertados que, se não tomados os devidos cuidados, poderá haver importante ‘re-ganho’ de peso após a cirurgia. Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que ainda não possui cura apesar dos grandes avanços da medicina atual.
O principal estudo científico sobre os resultados da cirurgia bariátrica em longo prazo é conhecido como SOS (Swedish Obese Study). O estudo SOS demonstrou que ao longo do tempo, os pacientes tendem a recuperar parte do peso perdido após a cirurgia.
Foi demonstrado que após 2 anos da cirurgia, ocorria a maior perda de peso, cerca de 70% do excesso de peso; após 5 anos da cirurgia, metade dos pacientes operados ganham 20% do peso perdido; após 10 anos da cirurgia, apenas um terço dos pacientes mantêm o peso perdido nos primeiros 2 anos.
Quando dizemos que a cirurgia teve sucesso?
corpo humano não funciona como uma máquina. Nosso organismo não pode ter seu comportamento previsto em simples fórmulas matemáticas. Existem diferentes formas de se avaliar o sucesso da cirurgia, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.
Considera-se sucesso na cirurgia quando:
•Paciente perde 35 a 40% do peso total inicial após 2 anos da cirurgia ou
•Paciente perde 50% do excesso de peso em relação ao peso ideal após 2 anos da cirurgia
Quais fatores facilitam o ‘re-ganho’ de peso após a cirurgia?
1-Transtornos alimentares:  compulsão alimentar, compulsão por doces, síndrome do comer noturno, dentre outros, são transtornos psicológicos que correspondem à principal causa de obesidade; após a cirurgia, se não devidamente diagnosticados e tratados, levam ao re-ganho de peso.
2-Baixa adesão ao acompanhamento clínico e nutricional:  as reavaliações com o Endocrinologista e Nutricionista são fundamentais para se ajustar o tratamento dietético com as condições clínicas do paciente. A falta de proteína, por exemplo, leva à atrofia muscular, ganho de gordura e baixa resistência imunológica.
3-Baixa adesão à atividade física: quem se submete à cirurgia pensando que não haverá necessidade de mudar hábitos irá ficar decepcionado em pouco tempo. A falta de exercícios diminui a taxa metabólica, que é a capacidade de queimar gorduras. Exercícios regulares deverão ser realizados por toda a vida.
4-Má informação do paciente: entender que a cirurgia não é sozinha a solução mágica para a obesidade é muito importante. A falta de informação do paciente, falta de cooperação ou ainda a vergonha de retornar ao acompanhamento por estar ganhando peso novamente, faz com que muitos pacientes percam praticamente todo o resultado da cirurgia.
5-Modificações no organismo após a cirurgia: com o passar do tempo, o estômago e intestinos no paciente operado passam por algumas adaptações que permitem ao organismo absorver mais gorduras e açúcares; ocorre dilatação do estômago, diminuição da saciedade (pode ocorrer logo no sexto mês de operado), aumento das vilosidades intestinais (passam a absorver melhor alimentos calóricos).
Por Dr. Tarcísio Narcísio Silva – Médico Endocrinologista e Metabologista

Os bons resultados da cirurgia bariátrica


Os bons resultados da cirurgia bariátrica dependem da mudança de comportamento


Os bons resultados da cirurgia bariátrica dependem da mudança de comportamento

Pronto para a cirurgia? Isso é o que a maioria dos pacientes acreditam quando decidem optar pelacirurgia bariátrica, talvez movidos pela coragem do momento ou por acreditarem que é a forma mais fácil de se perder peso. Apesar de inúmeros textos informativos, sites, comunidades e blogs acerca do assunto, fica claro o quanto a negação da realidade faz parte desse contexto.
A cirurgia bariátrica é um procedimento que visa promover a perda de peso de forma rápida e eficaz, porém dados estatísticos revelam que muitos pacientes voltam ao peso anterior devido a dificuldades de manter uma alimentação saudável e adequada.
A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC (índice de massa corporal) igual ou acima de 40 e com comorbidades associadas, isto é, portadoras de diabetes, hipertensão, problemas articulares, entre outras doenças que colocam em risco a vida do paciente. Nesses casos, a cirurgia acaba sendo a saída mais adequada, pois irá melhorar a qualidade de vida desses pacientes, além de diminuir o risco das doenças associadas.
Muitos são os fatores que precisam estar adequados para a realização dessa intervenção. Por isso, é essencial contar com uma equipe de profissionais da área da saúde que irá avaliar o paciente, verificando se está apto ou não para esse procedimento tão invasivo.
A psicologia também tem um papel fundamental nesse processo, pois irá avaliar se o paciente está ou não preparado para enfrentar as novas mudanças.
Essas mudanças não são somente alimentares, mas também comportamentais.  Atrás de um bom prato de comida, conseguimos encontrar vários outros sentimentos e crenças que preenchem a vida dessas pessoas, ganhando, assim, o significado não somente de nutrir o corpo, mas a alma.
A cirurgia bariátrica também exige mudanças drásticas dos hábitos alimentares, sociais e comportamentais. Junto com as alterações corporais surgem, muitas vezes, dificuldades de adaptação à nova vida e de adesão ao tratamento, o que pode colocar em risco o sucesso da cirurgia. Nesse sentido, o paciente deve ser avaliado e acompanhado pela equipe multidisciplinar que estará envolvida no tratamento em intervalos regulares para monitorar o seu funcionamento psicológico.
O problema é que esse acompanhamento é negligenciado por grande parte dos pacientes, que acreditam que o simples ato da cirurgia em si, tem a capacidade de mudar hábitos instalados há anos, como se o corte real afetasse o desejo quando, na verdade, o corte é apenas no corpo.
O pós-cirúrgico pode ser bem complicado. Algumas pessoas trocam a compulsão por comida, pelo álcool ou por compras e até entram em depressão ou cortam relações por dificuldade de lidar com a nova imagem corporal. Elas descobrem também que emagrecer não resolve problemas pessoais, um foco que permeia o imaginário dos pacientes.
Fica claro que, quando a opção pela cirurgia bariátrica é tomada, o paciente precisa ter consciência de que o sucesso da cirurgia está em suas mãos e que ele é responsável por praticar atividades físicas, mudar seus hábitos alimentares e promover seu próprio bem estar emocional. Caso não consiga se comprometer com as etapas fundamentais desse processo, poderá recuperar o peso perdido e a carga emocional do peso carregado, o que pode levar a cobranças internas ainda maiores.
FONTE: Dra Luciana Kotaka – Psicóloga Especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares Psicóloga e especialista em Transtornos Alimentares – CRP 08/06502-1

Metamorfose


Minha Família


Template by:

Free Blog Templates